A Liga dos Comunistas N°2
Reconstituida a Liga, esta estende-se à Suiça. Numerosas secções foram, igualmente, criadas na Alemanha e do facto dela ter sido transferida para Londres, pouco a pouco, a Liga tornou-se internacional, tendo filiais na Escandinavia, na Holanda, na hungria, na Boemia e por outras regiões.
Friedrich Engels, a proposito do desenvolvimento da Liga, escreveu:
-- A sociedade não perdeu tempo para adoptar o titulo de: " Circulo de estudo operario comunista ". Nos cartões-de-membro, a divisa: << Todos os homens são irmãos >>, encontrava-se inscrita em, pelo menos, vinte linguas, embora poucas escapassem aos erros. Como no exemplo duma sociedade-publica, tambem a sociedade-secreta tomou um caracter cada vez mais internacional; primeiro, em sentido ainda restricto: na pratica, porque os membros pertenciam a nacionalidades diferentes ( teoricamente, pois tinham compreendido que a revolução deveria ser europeia). Eles não tinham chegado mais longe, mas as bases estavam construidas.
Por intermedio dos combatentes do 12 de Maio de 1839, refugiados em Londres, havia estreitas relações com os revolucionarios franceses. Igualmente com os radicais-avançados Polacos. Adversaria, a imigração polaca-oficial e Mazzini, que não lhes mereciam qualquer confiança.
Por causa do caracter especificamente ingles do seu movimento ( ultra-nacionalismo, Constitucionalista) os " Cartistas " ingleses foram colocados de lado, como não-revolucionarios; so mais tarde, por meu intermedio, os dirigentes londrinos da Liga entrariam em relações com eles.
Pontos de vista diferentes foram modificando o caracter da Liga que se modelava em função dos acontecimentos. Todavia e a justo titulo, consideraram sempre Paris como a cidade-mãe da revolução, conquanto se tivessem libertado duma certa submissão aos conspiradores parisienses. A medida que ganhava terreno, a Liga ia aumentando consciencia dela-propria.
Em seguida, sobre a doutrina social da Liga, Friedrich Engels sublinha os defeitos da maneira seguinte:
-- Os membros da Liga, aqueles que pelo menos trabalhavam manualmente, eram quase exclusivamente artifices. Para maioria dos casos, o homem que os explorava não se encontrava nas grandes cidades e não passava dum pequeno-patrão.
Friedrich Engels mostra, em seguida, como os artifices << que não eram ainda proletarios, no sentido exacto do termo >> se revelam capazes << de anticipar, instintivamente, o desenvolvimento ulterior se constituindo ( se bem que não fosse em plena consciencia ) em Partido-proletario.
( Na proxima Quinta-feira, dia 7 de Junho de 2012, estudaremos a importancia do Verão de 1844, em " A Liga dos Comunistas N° 3 " ).
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